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Insolvência pessoal: o que e?
A insolvência pessoal é um processo legal que permite a quem se encontra sobre-endividado reorganizar ou liquidar as suas dívidas de forma justa. Geralmente acontece quando eventos como desemprego, cortes salariais, despesas médicas inesperadas ou má gestão financeira tornam insuportável o pagamento das obrigações. A solução passa por renegociar créditos ou, em último caso, declarar insolvência e, após cumprir certas condições, obter a exoneração do passivo restante, abrindo caminho para um novo começo financeiro.
2. Regimes de Bens: Comunhão de Bens ou de Adquiridos vs. Regime de Separação de Bens
Antes de avançar com a insolvência, convém perceber de que forma o seu regime patrimonial pode influenciar a responsabilidade pelas dívidas:
- Comunhão de bens ou de adquiridos
Se estiver casado neste regime, o património é frequentemente partilhado. Assim, a sua massa insolvente pode abranger não só bens pessoais como também parte do património do cônjuge, dependendo das dívidas em causa. - Regime de separação de bens
Neste caso, cada um dos cônjuges detém o seu próprio património. As dívidas contraídas por um não afetam diretamente o outro, exceto em situações de fiança ou garantias solidárias.
Por isso, na insolvência pessoal do casal, é crucial determinar quem efetivamente contraiu a dívida e como o regime de bens condiciona a liquidação ou a penhora de determinados ativos.
3. Quando Pedir Insolvência Pessoal — e Quando NÃO Podes
Em geral, deve-se ponderar a insolvência se:
- As suas dívidas superam o rendimento disponível e não há bens para cobrir o montante em aberto.
- Sofre penhoras constantes, como penhora de vencimento ou bloqueios em conta bancária.
- Vê-se em risco de ações executivas ou está com dívidas às Finanças que já ultrapassam a capacidade de pagamento.
Quando NÃO podes pedir insolvência pessoal?
Se houver indícios de fraude ou de má-fé (por exemplo, esconder bens ou manipular documentos), o tribunal pode recusar o seu pedido de insolvência ou negar a insolvência com a exoneração do passivo restante posteriormente. Vale lembrar que a lei procura proteger tanto o devedor de boa-fé quanto os credores, garantindo justiça no processo.

4. Como Pedir Insolvência Pessoal?
- Petição Inicial
- O primeiro passo é elaborar a petição, listando pormenorizadamente todos os débitos, rendimentos e bens.
- Identifique se tem despesas adicionais como subsídios de refeição, pagamento de horas extraordinárias, subsídios de férias e de Natal, pois podem ser alvo de penhora.
- Administrador de Insolvência ou Fiduciário
- Após o pedido, o tribunal nomeia um administrador de insolvência para gerir e fiscalizar a massa insolvente.
- Se houver possibilidade de exoneração do passivo restante, pode ser designado um fiduciário na insolvência pessoal com exoneração do passivo restante para acompanhar o devedor durante o período de vigência (normalmente 3 a 5 anos).
- Documentação Essencial
- Certidões de rendimentos, cópias de contratos de crédito, faturas, extratos bancários, entre outros.
- Se não tiver meios para suportar as custas do processo ou contratar um advogado, poderá pedir apoio judiciário na Segurança Social.
- PER (Processo Especial de Revitalização)
- Embora mais aplicado a empresas, o PER também pode ser uma ferramenta quando há viabilidade de recuperação financeira (normalmente para empresários em nome individual).
- Tal como o PEAP, o PER busca um acordo com credores para evitar a liquidação total de bens.
Se seguir corretamente estes passos, é possível evitar surpresas e acelerar o pedido de insolvência.
5. Passo a Passo do Processo de Insolvência
Uma vez apresentada a petição em tribunal, o processo de insolvência segue determinadas fases:
5.1. Declaração de Insolvência
- O juiz analisa a situação financeira do devedor.
- Se não houver acordo extrajudicial (via PEAP ou outro mecanismo), poderá declarar formalmente a insolvência.
- A sentença de insolvência descreve os efeitos da declaração de insolvência, incluindo suspensão de ações como a ação executiva.
5.2. Constituição da Massa Insolvente
- Determinam-se os bens que integram a massa para liquidação, excluindo bens impenhoráveis (por exemplo, mobiliário básico ou objetos de trabalho de reduzido valor).
- O administrador ou fiduciário gere esta massa, comunicando com os credores.
5.3. Plano de Pagamentos ou Liquidação de Bens
- Se houver possibilidade de acordo, o tribunal pode aprovar um plano de pagamentos faseado.
- Caso contrário, procede-se à venda dos bens penhoráveis para reembolsar credores.
5.4. Quanto Tempo Demora uma Insolvência Pessoal?
- É variável. Pergunta-se muito: “Quanto tempo demora uma insolvência pessoal?” Pode levar de 6 meses a 1 ano até à declaração de insolvência efetiva e, posteriormente, 3 a 5 anos para concluir a insolvência após 3 anos de bom comportamento se se candidatar à exoneração.
- Durante este período, o fiduciário verifica se o devedor não está a ocultar rendimentos.
5.5. Encerramento do Processo de Insolvência e Exoneração do Passivo Restante
- Se o devedor cumprir todas as obrigações, ao fim do prazo fixado, ocorre o encerramento do processo de insolvência e exoneração do passivo restante.
- Isto significa que as dívidas que não foram liquidadas na massa insolvente se extinguem, oferecendo-lhe um novo começo.
6. Consequências e Efeitos da Declaração de Insolvência Pessoal
6.1. Penhora de Vencimento e Outros Rendimentos
Mesmo após a declaração de insolvência, podem manter-se restrições como penhora de vencimento, mas a lei garante um montante mínimo para subsistência. Situações específicas incluem:
- Subsídios de refeição, férias e Natal: Podem ser parcialmente penhorados, respeitando limites legais.
- Pensão de alimentos: Geralmente não se extingue, pois é protegida por lei.
6.2. Dívidas às Finanças e Execução Fiscal
- Como contestar uma execução fiscal?
Se a Autoridade Tributária estiver a exigir valores indevidos ou prescritos, pode opor-se judicialmente. A declaração de insolvência suspende muitas execuções, mas as dívidas às Finanças têm prioridade na ordem de pagamento. - A lei prevê bens impenhoráveis e limites de penhora para garantir um nível de vida mínimo.
6.3. Efeitos na Vida Pessoal e Familiar
- Pode afetar as finanças de todo o agregado familiar, sobretudo em comunhão de bens ou de adquiridos.
- O cônjuge pode ver alguns bens salvaguardados se existir regime de separação de bens e conseguir provar que o bem não pertence ao devedor insolvente.
- Se um bem tiver sido penhorado injustamente (por exemplo, pertence ao cônjuge não devedor), pode requerer o levantamento de penhora, desde que apresente as provas necessárias.
7. Mecanismos para Evitar (ou Suspender) a Insolvência: PEAP, PERSI, PER
Antes de avançar para a liquidação de bens no tribunal, há processos para tentar sanar as dívidas:
- PERSI: o que é e como aceder
- Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento: o banco e o cliente tentam um acordo de pagamento, evitando a insolvência formal.
- PEAP: o que é e como pode ajudar quem tem dívidas
- Processo Especial para Acordo de Pagamento: semelhante ao PERSI, mas com supervisão judicial. Pode suspender penhoras e execuções enquanto decorrem as negociações.
- PER
- Processo Especial de Revitalização: usado sobretudo por empresas e empresários em nome individual, mas pode evitar a falência total, promovendo a continuidade do negócio com um plano de revitalização.
Se ainda assim não houver viabilidade de acordo, a insolvência pessoal é o recurso definitivo para garantir uma resolução legal e justa.
8. Questões Específicas que Geram Dúvidas
8.1. SISPACSE: O Novo Mecanismo de Apoio a Sobre-Endividados
O SISPACSE: o novo mecanismo de apoio a sobre-endividados foi criado para orientar famílias em dificuldade financeira, possibilitando um aconselhamento inicial antes de acionar meios judiciais.
8.2. Vou Ser Despejado de Casa… O que Posso Fazer Agora?
Se a falta de pagamento de rendas estiver na origem do despejo, verifique se é possível renegociar a dívida, candidatar-se a apoios estatais ou mesmo considerar a insolvência se estiver sem recursos para saldar o valor.
8.3. Fatura da Sorte: Pedir NIF é Ganhar
Apesar de parecer fora do tema, “fatura da sorte: pedir NIF é ganhar” destaca a importância de exigir fatura em todas as compras. Para quem está em risco de insolvência, registar despesas e rendimentos de forma correta evita suspeitas de fraude ou ocultação de valores.
9. Insolvência Pessoal do Casal e “Insolvência Após 3 Anos”
Em muitos casos, ambos os cônjuges estão endividados. Se partilham o mesmo regime (ex.: comunhão de bens ou de adquiridos), devem declarar a insolvência em conjunto, abrangendo todo o património comum. Já no regime de separação de bens, a responsabilidade restringe-se àquele que contraído dívidas.
- Insolvência após 3 anos: Significa que, cumpridas as obrigações durante este período, o devedor pode ser dispensado das dívidas remanescentes. Contudo, esse prazo pode estender-se até 5 anos consoante a sentença e o cumprimento das regras estabelecidas pelo fiduciário.
10. Recursos em Tribunal e Apelação
Muitas pessoas perguntam: Sabe como funcionam os recursos em tribunal e como apelar? Eis alguns pontos:
- Se discorda de penhoras, avaliações de bens ou da própria declaração de insolvência, pode interpor recurso nos prazos legais, apresentando provas que sustentem a sua posição.
- Como contestar uma execução fiscal? Se julga que a dívida fiscal foi mal calculada ou está prescrita, deve agir rapidamente, pois a Autoridade Tributária tem mecanismos de cobrança fortes e prioridades na ordem de pagamento.
A insolvência pessoal em Portugal permite que pessoas em dificuldades extremas solucionem débitos, reorganizando-se e, em muitos casos, alcançando a exoneração do passivo restante. Com o processo, reduzem-se as ações executivas, como a penhora de vencimento, e evita-se a perpetuação de dívidas impossíveis de saldar.
No entanto, todo este trâmite implica responsabilidades: ocultar bens ou agir de má-fé pode levar à recusa de exoneração e até a processos criminais. Por outro lado, com um planeamento financeiro adequado, auxílios como o SISPACSE e soluções prévias como PERSI, PEAP ou PER, muitos devedores conseguem levantar penhora de bens essenciais e manter uma vida digna durante o processo.
Dica Final: Se está sobre-endividado e não vê saída, informe-se sobre como pedir insolvência pessoal. Estude igualmente quando NÃO podes pedir insolvência pessoal, para evitar surpresas legais. Em paralelo, avalie a possibilidade de pedir apoio judiciário se não dispuser de recursos para pagar um advogado. Por mais delicada que seja a situação, a lei portuguesa prevê salvaguardas para recomeçar financeiramente — desde que tudo seja feito com transparência e boa-fé.
12. Questões Frequentes (FAQ)
12.1. Pode-se Pedir Insolvência Duas Vezes?
Sim, mas existem restrições legais. Se já teve um processo recente, é possível que o tribunal negue a exoneração do passivo numa segunda insolvência. Cada caso será avaliado segundo o seu histórico.
12.2. Como Pedir Perdão de Dívidas?
O perdão de dívidas acontece geralmente após a exoneração do passivo ou em situações específicas de acordos extrajudiciais. Podem também existir programas temporários de perdão fiscal ou de Segurança Social. Informe-se sobre os prazos e requisitos de cada entidade.
12.3. Estou Insolvente. Posso Abrir uma Empresa?
Depende. Se estiver num período de fiscalização do tribunal (após declarar insolvência), pode ser necessário pedir autorização ao administrador da insolvência para determinadas atividades económicas. Mesmo depois de concluído o processo, o seu acesso a crédito será limitado.
12.4. O que Fazer Depois da Insolvência?
É aconselhável manter um planeamento financeiro rigoroso, criando um orçamento mensal e poupando para evitar novas dívidas. Se possível, procure aconselhamento de um especialista em gestão de finanças pessoais para reconstruir o seu histórico de crédito.
12.5. Como se Inicia o Processo de Insolvência?
É preciso entregar uma petição inicial em tribunal, expondo as razões e a situação financeira atual. Anexe documentos que comprovem rendimentos, despesas e a incapacidade de saldar dívidas. Um advogado especialista poderá preparar o pedido de forma mais segura e eficaz.